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Matinhos,25/07/2025

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Roberto Fonseca

Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós.

O autor é filósofo e professor


Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós. Conceito de liberdade representado por pássaros fora da gaiola.

Desde sempre, o grito por liberdade ressoa por aí: nas praças, no congresso, nas ruas. Todo mundo já usou essa palavra – partidos políticos, movimentos sociais, grupos de esquerda, de direita, do centro. Revolucionários, reformistas, conservadores, progressistas... não importa a cor da bandeira, todo mundo fala em liberdade. Mas será que sabemos realmente o que é ser livre nos dias de hoje?

A resposta não é tão simples assim. Olha só a nossa cabeça: lá dentro a gente pensa o que quiser, sonha, cria ideias malucas, questiona tudo. Mas na hora de botar essas ideias em prática, aí a coisa pega. A gente é livre para pensar, mas não é totalmente livre para fazer tudo que vem na cabeça.

Isso pode parecer contraditório, mas é uma das coisas mais interessantes da vida. Na nossa mente, não há limites: a gente pode imaginar qualquer coisa, criar histórias impossíveis, questionar o que todo mundo acredita. É como se nossa cabeça fosse um laboratório gigante onde tudo é possível.

Mas aí você sai de casa e quer colocar suas ideias em prática. É nessa hora que a coisa complica. Porque você não está só.

no mundo – tem um monte de gente ao seu redor, cada um com suas próprias ideias e vontades. Sua liberdade de falar o que pensa esbarra na liberdade do outro de não ser ofendido. Sua liberdade de ir e vir cruza com a liberdade de propriedade do vizinho. E por aí vai.

Viver em sociedade é exatamente isso: aceitar que nossa liberdade tem limites. Porque a liberdade só faz sentido quando todo mundo pode ter a sua. Não é uma limitação, é uma condição básica para que a coisa funcione para todos. Uma liberdade que pisa na liberdade dos outros não é liberdade de verdade, é só egoísmo mascarado.

O grande desafio hoje em dia é descobrir como pessoas com ideias completamente diferentes podem viver juntas sem se estranhar. Como é que a gente concilia jeitos diferentes de ver o mundo? Como garantir que essa diversidade toda possa conviver sem que uns sufoquem os outros?

A saída pode estar em buscar aquilo que nos une, mesmo sendo diferentes. Não é sobre todo mundo virar igual, mas sobre encontrar pontos em comum importantes: respeitar a dignidade das pessoas, valorizar o diálogo e entender que nossa liberdade individual faz mais sentido quando ajuda a construir uma sociedade melhor para todo mundo.

Talvez a verdadeira liberdade não seja fazer tudo que a gente quer, mas fazer aquilo que nos permite viver em harmonia com os outros, sem perder nossa individualidade e sem deixar de respeitar a individualidade dos outros. 




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